Estado que abrigou duas tragédias em menos de cinco anos, Minas Gerais continua negligente quanto às condições de suas barragens. Com o maior número de represas na Política Nacional de Segurança de Barragens, gerenciada pela Agência Nacional de Mineração (ANM), a unidade federativa tem 71% dos barramentos irregulares do país: 27 dos 33 sem a Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) aprovada.
O prazo para envio do documento ia de 1º de setembro até o dia 30 do mesmo mês. Até semana passada, 54 barragens no Brasil não tinham o certificado.
Em nova apuração realizada nessa terça-feira (15), e divulgada nesta quarta (16), no entanto, a ANM informou que 15 empreendimentos apresentaram documento de estabilidade com atraso.
Desses, quase todas as mineradoras tiveram suas documentações aprovadas pela agência. A Usiminas é exceção. A empresa apresentou a declaração quanto à Barragem Central, localizada em Itatiaiuçu, na Grande BH, mas o atestado não foi aprovado.Com isso, Minas tem 27 represas irregulares, distribuídas entre nove empresas. Desse total, 15 pertencem à Vale, mesma empreendedora da barragem que se rompeu na Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em janeiro ...